Titã: Capítulo: 26
O som metálico dos mechas ressoava pelas cavernas do calabouço enquanto se preparavam para a batalha. O homem, agora um piloto veterano, verificava os sistemas de Titã, seu mecha, enquanto seus companheiros faziam o mesmo com suas próprias máquinas. A tensão era palpável, mas a determinação superava o medo.
"Vamos enfrentar esses dragões de frente," disse
ele, ajustando o capacete. "Eles não terão chance contra nós."
Ao saírem do calabouço, os mechas foram saudados pelos
habitantes, que lhes desejavam sorte e coragem. Os portais mágicos foram
ativados, e em questão de segundos, o grupo foi transportado para as
proximidades de uma cidade que estava sob ataque. O cenário era desolador:
edifícios em chamas, o céu coberto de fumaça e os gritos de pânico ecoando ao
longe.
Os dragões, enormes e ameaçadores, voavam sobre a cidade,
lançando rajadas de fogo que destruíam tudo em seu caminho. O líder dos mechas,
com a espada de Titã brilhando à luz do fogo, deu o sinal para o ataque.
"Vamos, por nossa gente!"
A primeira investida foi feroz. Os mechas disparavam suas
flechas gigantes, e algumas conseguiram atingir os dragões, arrancando rugidos
de dor das criaturas. Um dos mechas, pilotado por um jovem piloto chamado
Darian, conseguiu cravar uma lança no flanco de um dragão, mas a criatura,
furiosa, retaliou com uma rajada de fogo que derreteu parte da armadura do
mecha, forçando Darian a recuar.
O homem, pilotando Titã, viu um dos dragões se aproximando
em um voo rasante. Ele ergueu a espada e, com um golpe preciso, cortou uma das
asas do dragão, fazendo-o cair pesadamente no chão. O impacto levantou uma
nuvem de poeira e escombros, mas antes que pudesse comemorar, um segundo dragão
surgiu por trás, lançando uma baforada de fogo que envolveu Titã em chamas.
Os sistemas de alerta soaram, e o homem lutou para manter o
controle do mecha enquanto os sistemas de resfriamento trabalhavam
freneticamente para extinguir as chamas. "Estamos bem," disse ele,
mais para si mesmo do que para qualquer outro. "Titã ainda está de
pé."
A batalha continuava feroz. Os mechas atacavam em formação,
tentando sobrepujar os dragões com números e táticas. No entanto, os dragões
eram astutos e poderosos. Um deles, com escamas negras e olhos vermelhos como
brasas, varreu o campo de batalha com sua cauda, derrubando três mechas de uma
só vez. O impacto foi devastador, e os pilotos mal tiveram tempo de ejetar
antes que seus mechas fossem esmagados.
"Não podemos continuar assim," gritou um dos
pilotos pelo rádio. "Eles são muitos!"
O homem viu outro mecha, pilotado por sua amiga Selene, ser
atacado por dois dragões ao mesmo tempo. Selene lutava bravamente, mas os
dragões eram implacáveis. Com um último esforço, ela lançou uma última flecha
que atravessou o olho de um dos dragões, matando-o instantaneamente. No
entanto, o segundo dragão a atingiu com uma rajada de fogo, e o mecha de Selene
caiu em chamas.
"Selene!" gritou o homem, sentindo uma onda de
desespero. "Não!"
Os dragões estavam levando a melhor. Os mechas restantes
tentavam se reagrupar, mas a situação estava crítica. Vendo que a batalha
estava se tornando desesperadora, o homem decidiu tomar uma ação drástica.
"Todos os mechas, comigo!" ordenou ele. "Vamos fazer um último
ataque concentrado!"
Com Titã na liderança, os mechas avançaram, focando todos os
seus ataques em um único dragão. As flechas gigantes e lanças foram disparadas
em uníssono, e o dragão, pego de surpresa pela intensidade do ataque, foi
perfurado em vários pontos. O rugido final da criatura ecoou como um trovão,
antes de cair morto no chão.
A vitória momentânea foi agridoce. Olhando ao redor, o homem
viu os destroços dos mechas destruídos e lembrou-se dos amigos que perderam a
vida na batalha. "Temos que recuar," disse ele finalmente, a voz
embargada pela emoção. "Não podemos perder mais vidas aqui."
Os mechas sobreviventes começaram a recuar em direção ao
portal, enquanto os dragões restantes, percebendo a retirada, lançaram um
último ataque feroz. Mais dois mechas foram destruídos antes que o grupo
conseguisse atravessar o portal de volta para o calabouço.
De volta à segurança relativa do calabouço, o homem
desmontou de Titã e caiu de joelhos, exausto e abalado. As portas se fecharam
atrás deles, e ele sentiu o peso das perdas e da destruição.
"Perdemos muitos hoje," disse ele, olhando para os
rostos cansados e abatidos ao seu redor. "Mas vamos continuar lutando. Não
podemos desistir agora."
As palavras eram simples, mas carregadas de uma determinação
feroz. Nos dias seguintes, enquanto se recuperavam e consertavam os mechas
danificados, o homem e seus companheiros sabiam que a luta estava longe de
terminar. Eles haviam conseguido uma pequena vitória, mas a guerra contra os
dragões estava apenas começando.
A comunidade no calabouço, embora abalada, começou a se
reorganizar. Os ferreiros trabalhavam incansavelmente para reparar os mechas,
enquanto os magos lançavam feitiços de proteção e cura sobre os feridos. Os
anões, sempre práticos, começaram a fortalecer ainda mais as defesas do
calabouço, criando novos túneis e reforçando as paredes.
Em reuniões estratégicas, os líderes discutiam os próximos
passos. "Precisamos de mais mechas," disse Kael, analisando os
relatórios de batalha. "E precisamos descobrir uma maneira de enfrentar
esses dragões de forma mais eficaz."
Morwin, o mago mais velho, assentiu. "Talvez possamos
encontrar algum conhecimento antigo ou uma magia esquecida que nos ajude.
Precisamos explorar todas as possibilidades."
Enquanto isso, o homem, agora um símbolo de esperança para
muitos, continuava a treinar e a planejar. Ele sabia que cada batalha seria
difícil, mas estava determinado a proteger seu povo e, eventualmente, libertar
seus mundos dos dragões.
No silêncio da noite, ele olhava para o Titã, seu mecha, e
sentia uma mistura de orgulho e responsabilidade. "Vamos vencer essa
guerra," murmurou para si mesmo, com a determinação renovada. "Vamos
sobreviver."
Os dias que se seguiram à última batalha trouxeram uma
calmaria tensa. As defesas do calabouço estavam mais fortes, e os sobreviventes
estavam começando a se recuperar. No entanto, a sensação de uma iminente
desgraça pairava no ar. Os líderes dos mechas, anões, magos e cavaleiros se
reuniam frequentemente, tentando formular uma estratégia que pudesse mudar o
curso da guerra.
"Precisamos de mais informações sobre esses
dragões," disse Kael, olhando para o grupo. "Precisamos saber de onde
eles estão vindo e como eles estão se organizando."
Morwin, o mago ancião, assentiu. "Há um antigo grimório
nas montanhas de Zareth. Ele contém conhecimentos esquecidos sobre dragões. Se
conseguirmos recuperá-lo, talvez encontremos uma fraqueza."
A missão foi considerada arriscada, mas necessária. O homem,
pilotando Titã, liderou um pequeno grupo até as montanhas. Eles enfrentaram
muitos perigos no caminho, mas finalmente chegaram às ruínas onde o grimório
estava guardado.
De volta ao calabouço, o grimório revelou segredos valiosos.
"Os dragões estão sendo controlados por um Dragão Ancião," disse
Morwin, seus olhos brilhando com uma mistura de medo e esperança. "Ele é a
fonte de seu poder e coordenação. Se conseguirmos derrotá-lo, podemos
desorganizar suas forças."
Enquanto isso, os dragões continuavam seus ataques
esporádicos, e os defensores estavam ficando cada vez mais cansados. A batalha
parecia interminável, e as perdas continuavam a crescer.
Uma noite, um ataque particularmente feroz abalou as defesas
do calabouço. Os dragões pequenos haviam encontrado uma maneira de se
infiltrar, e os cavaleiros e mechas estavam sendo chamados às pressas para
conter a invasão. O homem, pilotando Titã, liderou a defesa com uma ferocidade
renovada, mas a batalha era desesperadora.
"Estamos perdendo terreno!" gritou Darian, que
estava em um mecha ao lado de Titã. "Precisamos recuar e reorganizar
nossas forças."
"No!" o homem respondeu, sua voz firme. "Se
recuarmos agora, perderemos o calabouço. Precisamos resistir aqui e
agora!"
Os mechas continuaram a lutar bravamente, mas os dragões
eram muitos. Eles atacavam com uma coordenação aterradora, queimando e
destruindo tudo em seu caminho. A cada momento, mais mechas eram derrubados, e
os cavaleiros lutavam para proteger os civis que corriam em pânico.
Em meio ao caos, o homem avistou o líder dos dragões
pequenos, uma criatura ágil e mortal. "Se conseguirmos derrubar
aquele," pensou ele, "talvez possamos virar o jogo."
Titã avançou, focando todas as suas armas no dragão líder.
As flechas gigantes e a espada brilhante cravaram-se nas escamas da criatura,
mas ela era rápida e astuta. O dragão esquivava-se e contra-atacava com
precisão, seus golpes ferindo Titã e seus sistemas.
A batalha continuou ferozmente, e por um momento, pareceu
que o homem poderia ser derrotado. Mas com uma última carga de energia, ele
conseguiu golpear o dragão líder diretamente no coração. A criatura rugiu em
agonia antes de cair, morta, no chão.
Os dragões pequenos, desorientados pela perda de seu líder,
começaram a recuar. Os defensores do calabouço aproveitaram a oportunidade para
reorganizar suas linhas e contra-atacar, empurrando os invasores de volta.
Quando a batalha finalmente terminou, o calabouço estava em
ruínas. Os sobreviventes estavam exaustos, feridos e abatidos. Mas havia um
raio de esperança. Com o grimório e a nova informação sobre o Dragão Ancião,
eles tinham um plano.
Nas semanas seguintes, a reconstrução começou novamente. Os
anões, incansáveis em seu trabalho, reforçaram ainda mais as defesas. Os mechas
foram reparados, e novos pilotos foram treinados. A comunidade estava mais
unida do que nunca, determinada a lutar até o fim.
Finalmente, o dia do grande ataque chegou. Com Titã na
liderança, os mechas restantes se alinharam para o que seria a batalha
decisiva. Eles estavam cansados, mas determinados. Sabiam que essa era a sua
última chance.
Atravessando o portal, eles se encontraram no coração do
território dos dragões. O céu estava escuro com a presença das criaturas, e o
rugido do Dragão Ancião ecoava por todo o vale. A batalha começou
imediatamente, com uma ferocidade que superava todas as anteriores.
Os mechas avançaram em formação, disparando todas as suas
armas contra os dragões. A luta era intensa, com ambos os lados sofrendo
grandes perdas. O Dragão Ancião, imponente e poderoso, comandava seus
subordinados com uma habilidade aterradora.
Titã e o homem se concentraram no Dragão Ancião. Sabiam que
derrubá-lo era a chave para a vitória. A batalha se transformou em um duelo
épico entre o mecha gigante e a criatura ancestral. Golpes foram trocados, e
cada um parecia ser o último.
Finalmente, com um esforço titânico, Titã conseguiu perfurar
o coração do Dragão Ancião com sua espada brilhante. O rugido final da criatura
sacudiu a terra, e todos os dragões restantes recuaram em desordem.
A vitória foi conquistada, mas a um custo terrível. Muitos
mechas foram destruídos, e os sobreviventes estavam feridos e exaustos. Mas
haviam vencido.
Voltando ao calabouço, eles foram recebidos como heróis. As
comemorações foram contidas, pois todos sabiam que a luta ainda não havia
terminado completamente. Mas pela primeira vez, havia uma verdadeira esperança
de paz.
Os dias seguintes foram de recuperação e reconstrução. O
calabouço, agora um símbolo de resistência e esperança, começou a se
transformar em uma fortaleza ainda mais poderosa. Os anões, humanos e magos
trabalharam juntos, unindo suas forças para garantir que nunca mais seriam
pegos desprevenidos.
O homem, líder dos mechas e agora um herói lendário, olhou
para Titã com uma sensação de orgulho e determinação. Sabia que a luta ainda
não havia acabado completamente, mas estava pronto para enfrentar qualquer
desafio que viesse.
O ar estava carregado com o cheiro de fumaça e sangue
enquanto a batalha continuava implacavelmente. O homem, dentro do seu mecha
Titã, lutava com uma ferocidade desesperada, mas cada golpe parecia inútil
contra a quantidade avassaladora de dragões que continuavam a surgir.
"Estamos sendo sobrecarregados!" gritou Darian,
cuja voz ecoava através do sistema de comunicação do mecha. Ele estava em um
dos poucos mechas que ainda estavam de pé, mas sua armadura estava visivelmente
danificada. "Precisamos recuar!"
"Não podemos!" respondeu o homem, seus olhos fixos
no Dragão Ancião que se aproximava lentamente. "Se recuarmos agora,
estaremos condenados."
Os dragões atacavam de todos os lados, seus rugidos
ressoando como trovões enquanto lançavam chamas e garras contra os mechas e
soldados. As defesas dos humanos estavam se desintegrando rapidamente.
Lá em cima, o céu estava um caos de asas e fogo. O Dragão
Ancião, maior e mais poderoso que qualquer outro dragão, observava a batalha
com olhos que brilhavam de uma inteligência sinistra. Ele lançou uma rajada de
fogo que derreteu a armadura de um dos mechas, derrubando-o em uma explosão de
metal e faíscas.
"Recuar!" finalmente ordenou o homem, percebendo
que a batalha estava perdida. "Todos os mechas, recuar para o
calabouço!"
Os mechas restantes começaram a recuar, disparando suas
últimas munições e lançando ataques desesperados para cobrir a retirada. Os
cavaleiros e soldados em terra também começaram a se retirar, muitos deles
carregando os feridos enquanto tentavam se afastar do campo de batalha.
O homem manteve Titã na retaguarda, protegendo os outros
enquanto recuavam. Cada passo era uma luta contra o avanço dos dragões, mas ele
sabia que precisava manter o caminho livre para os sobreviventes.
Finalmente, o calabouço estava à vista. Os portões estavam
abertos, e os anões e magos estavam prontos para reforçar as defesas assim que
todos estivessem dentro. Titã foi o último a entrar, e os portões se fecharam
com um estrondo.
Dentro do calabouço, a atmosfera era de desespero e
exaustão. Muitos estavam feridos, e os médicos estavam trabalhando
incansavelmente para tratar os feridos. O homem saiu de Titã, suas pernas
tremendo de cansaço enquanto ele se juntava aos outros líderes.
"Isso não pode continuar," disse um dos líderes,
sua voz carregada de frustração e desespero. "Estamos sendo dizimados.
Precisamos encontrar outra maneira de combater esses dragões."
"Precisamos de mais informação," respondeu Morwin,
o mago ancião. "Apenas conhecendo melhor nossos inimigos poderemos
encontrar uma fraqueza."
Enquanto isso, os dragões pequenos começaram a se infiltrar
no calabouço novamente. Os cavaleiros e soldados foram mobilizados rapidamente
para repelir a invasão, mas estava claro que os ataques estavam se tornando
cada vez mais frequentes e organizados.
A batalha dentro do calabouço foi feroz. Os corredores
estreitos e escuros tornavam difícil para os dragões pequenos se moverem
livremente, mas também dificultavam a defesa. Os cavaleiros lutaram bravamente,
suas espadas e lanças brilhando à luz das tochas enquanto enfrentavam as
criaturas.
O homem, agora fora de Titã, liderou um grupo de cavaleiros
em um contra-ataque. Usando sua habilidade de combate e conhecimento dos
corredores, ele conseguiu derrubar vários dos dragões pequenos, mas a luta
estava longe de ser vencida.
Finalmente, após horas de combate, os dragões pequenos foram
repelidos. O calabouço estava seguro, pelo menos por enquanto. Os defensores
estavam exaustos, mas ainda vivos.
Enquanto os sobreviventes se reuniam e os líderes discutiam
seus próximos passos, o homem olhou para o horizonte, sabendo que a verdadeira
batalha ainda estava por vir. A vitória contra os dragões parecia cada vez mais
distante, mas ele se recusava a desistir.
A construção dos mechas tinha sido um marco na defesa, mas
era claro que precisavam de mais do que apenas força bruta para vencer essa
guerra. Estratégia, conhecimento e talvez até magia seriam necessários para
derrotar os dragões e recuperar suas terras.
Naquela noite, o homem e os outros líderes se reuniram em
uma sala de guerra improvisada. Mapas e pergaminhos estavam espalhados pela
mesa, e todos estavam cansados, mas determinados.
"Precisamos encontrar o Dragão Ancião e acabar com
ele," disse Morwin, sua voz firme. "Ele é a chave para controlar os
outros dragões. Se conseguirmos derrotá-lo, podemos virar a maré a nosso
favor."
"Mas como podemos encontrar e enfrentar uma criatura
tão poderosa?" perguntou um dos líderes, sua voz carregada de dúvidas.
"Com estratégia e coragem," respondeu o homem.
"E com a ajuda de todos aqui. Cada um de nós tem um papel a desempenhar.
Os mechas, os cavaleiros, os magos, os anões. Todos nós."
Os dias seguintes foram de preparação intensa. Os mechas
foram reparados e melhorados, e novos pilotos foram treinados. Os cavaleiros e
soldados reforçaram as defesas do calabouço, e os magos estudaram antigos
textos em busca de qualquer vantagem que pudessem encontrar.
A esperança estava começando a renascer, mesmo em meio ao
desespero. A determinação de lutar e proteger seus lares e entes queridos
estava mais forte do que nunca.
Então, finalmente, chegou o dia da grande missão. O homem,
dentro de Titã, liderou um grupo de mechas, cavaleiros e magos em uma expedição
para encontrar e enfrentar o Dragão Ancião. Eles sabiam que esta poderia ser
sua última chance de virar a maré da guerra.
O caminho era perigoso, e cada passo estava cheio de
desafios. Mas eles avançaram com coragem e determinação, sabendo que o destino
de seus mundos dependia deles.
E assim, com o coração cheio de esperança e medo, eles se
dirigiram para a batalha final, sabendo que o futuro de todos dependia de sua
vitória.
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