"Não faça isso," ele disse, a voz firme e controlada. "Fique onde está." Jorge ficou confuso, suas emoções em conflito. "Mas você não ouviu? Alguém está pedindo socorro! Precisamos fazer alguma coisa!" O homem com a espingarda apertou o ombro de Jorge com mais força, quase o empurrando de volta para a cama. "Não é uma pessoa lá fora," ele disse, os olhos sombrios. "São eles. Os seres que vivem debaixo da terra. Eles conseguem imitar a voz humana para enganar a gente." Jorge sentiu um arrepio percorrer sua espinha. "O quê? Como assim imitam a voz humana?" Ele olhou para a porta, onde os gritos continuavam, cada vez mais desesperados, ecoando pelo ar frio da noite. "Essas criaturas são inteligentes, de um jeito que a gente mal entende," respondeu o homem, baixando a voz para que apenas Jorge pudesse ouvi-lo. "Eles aprenderam que os humanos são compassivos, que respondem aos gritos de socorro. Então, eles...